Neste artigo vou apresentar para vocês o relato do meu grande amigo Guilherme The Viking. O Guilherme fez 455 dias de NoFap Monk Mode e tem uma experiência gigantesca para passar. Aproveitem!
Relato
“E aí meus amigos e minhas amigas, estou tomando um cafezinho para brindar essa manhã maravilhosa e ensolarada.
Venho aqui deixar meu relato importantíssimo do que já vivenciei em NoFap monk mode (modo monge) por mais ou menos um ano e três meses da minha vida.
Esse foi o máximo de tempo que fiquei longe de PMO (pornografia, masturbação e orgasmo).
Fiquei um ano e três meses no modo monge, vou fazer um relato de como a minha vida, a minha experiência e a minha existência foram sensacional, incríveis e diferenciadas. Algo que poucos viveram ou viverão.
É uma experiência épica de vida, por mais que hoje em dia eu não esteja mais nessa modalidade extrema e rigorosa.
Talvez muitas pessoas que me acompanham possam se interessar por essa vida.
Deixo de antemão, sem medo de errar, porque era o que eu fazia na época, faço até hoje mas não com tanta intensidade porque o meu propósito já foi conquistado com essa vida monástica, vida de um monge vamos dizer assim.
Para todos aqueles que querem entender como vivenciar o modo monge de forma plena, recomendo a leitura da obra O Poder da Autodisciplina.
Recomendo também a obra de minha autoria Minimalismo: Um convite a plenitude que é importantíssima para uma vida distante de tudo isso que escraviza a humanidade hoje.
Na época eu não tinha rede social, não tinha celular, não tinha nada relativo à internet. Eu estava no processo de consagração a Deus, vamos dizer assim.
Eu queria ter uma aproximação com Deus, uma vida mais voltada a espiritualidade.
Como eu consegui ficar um ano e três meses em uma vida extremamente restrita e monástica?
Renúncia, disciplina diária e entender a necessidade da pureza dos olhos, da pureza do corpo.
Entender que eu precisava cumprir certas questões que me permitissem não ser apreendido, não ser tentado, não ser atingido pelas questões visuais, pelas tentações do dia a dia.
Tendo essa sabedoria e essa disciplina foi que eu consegui um tempo tão expressivo, uma vida extremamente restrita e consagrada e como disse foi importantíssimo esse distanciamento total das redes sociais.
Eu vivi uma vida muito caseira e contemplativa. Pela tarde eu caminhava, pela manhã eu sempre tinha o hábito de fazer as minhas orações, minhas meditações e as minhas leituras bíblicas logo após acordar.
Tomava um café forte em jejum e saía para uma caminhada no mato, uma caminhada rural, vamos dizer assim.
Nas montanhas, nos montes que tem aqui na minha região, onde eu me isolava em solitude para meditar, respirar profundamente e programar o meu dia.
Eu ficava por mais ou menos uma hora distante, após isso eu retornava para as minhas leituras, os meus estudos e as minhas devoções.
Após tudo isso eu realizava um treinamento físico em jejum, obtive um corpo esteticamente bonito, com peso médio de 95kg, 11% de gordura, bastante tenso e natural.
Não estava suplementando nada, era só jejum e uma refeição. Nessa época eu fazia a dieta do guerreiro, me adaptei muito a essa realidade.
Permanecei sempre em rotinas de respiração, de consagração, de consistência e treino pesado, eu tinha uma energia absurda nessa época.
Você não necessariamente precisa comer muitas vezes para ter um corpo denso e uma carcaça pesada. Essa questão de crescimento muscular não depende apenas de ingestão calórica.
Depois do treino eu tirava um cochilo, coisa de 25, 30 minutos e quebrava meu jejum por meio de umas 18:00 horas da noite, a minha primeira e única refeição.
Retomando a parte da manhã, eu também tomava banho gelado, às vezes no chuveiro, às vezes na cachoeira. Gostava de meditar na água gelada, principalmente em períodos invernais.
Depois de quebrar o jejum, em torno de umas 19:00, já começava a me preparar para dormir. Eu dormia muito cedo e acordava muito cedo.
Após a quebra do jejum e antes de ir dormir, eu passava um tempo conversando com a minha família. Essa parte da interação social também era muito importante na rotina de um monk mode (modo monge).
Para questão de estabilidade mental e estabilidade emocional é importante esse vínculo social.
Não precisa ser com muitas pessoas, mas com os familiares dentro do possível. É muito importante para a sanidade mental não viver o tempo todo isolado.
Depois disso eu voltava para o quarto, fazia uma meditação, uma respiração novamente e lia alguma coisa até pegar no sono.
Essa foi basicamente a minha rotina diária. Às vezes final de semana ocorria alguma alteração ou outra mas a base da minha rotina como um monge moderno consistia nisso.
Uma rotina extremamente consagrada, uma rotina extremamente reclusa. Pautada no desenvolvimento espiritual, desenvolvimento mental, no desenvolvimento intelectual e no desenvolvimento físico.
Impressionante a clareza de raciocínio, a memorização, o foco e a concentração.
Essa época eu tava lendo em torno de uns 50 livros por ano. Hoje estou lendo muito menos no sentido de quantidade, porém, obras mais densas.
Não quero estender muito mais que isso, poderia falar sobre esse assunto por horas, a questão da clareza mental, do foco, da concentração, da integralidade, do sentimento de completude, satisfação e plenitude.
Uma vibração altíssima, uma autoestima altíssima, a compreensão das coisas, o entendimento das coisas, o escutar da voz do divino, uma experiência de comunhão muito forte.
Você sente que tá fazendo as coisas da forma Deus gostaria que você fizesse, sente aquela paz, aquela realização, aquela tranquilidade e transcendência como se realmente Deus estivesse falando “vai lá e faz isso meu filho”
Sente aquela consciência pura, por que você tá limpo, pleno e desgarrado através dessa disciplina, desse minimalismo existencial focado nas coisas que realmente importam.
Você está puro, e quando está puro está apto a receber a voz do divino, esse poder do alto, essa mão de Deus.
É uma vida sensacional, porém, bem árdua. Uma vida solitária na maior parte do tempo, uma vida religiosa.
Isso pode ser muito bom para algumas pessoas. Não será bom para a maioria das pessoas, não é para todo mundo.
Mas deixo aqui o meu relato de uma vida distante de masturbação, distante de pornografia e distante de sexo. Totalmente puro e consagrado durante um ano e três meses.”